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No início do mês de fevereiro, a Universidade Católica de Pelotas (UCPel) iniciou um estudo promovendo o tratamento gratuito em psicoterapia para depressão, visando analisar a eficiência da abordagem terapêutica por meio de sessões online, comparando com consultas presenciais. Com a pandemia, diversos profissionais da área optaram por atender pela internet, seguindo com o hábito após o fim do isolamento, sem que existam estudos brasileiros demonstrando sua eficácia quando comparado ao atendimento “tradicional” (presencial), justificando a necessidade da pesquisa.  

O estudo obteve financiamento por meio de edital do CNPq, tendo como coordenador o professor Luciano Dias de Mattos Souza, com a colaboração dos professores Karen Jansen, Ricardo Azevedo da Silva e Fernanda Pedrotti Moreira. Neste projeto, aproximadamente 200 pessoas com transtorno depressivo receberão tratamento psicoterapêutico na modalidade online ou presencial. A alocação entre as modalidades se dará de forma aleatória.

A professora de Psicologia e colaboradora da pesquisa, Karen Jansen, ressalta a importância do estudo: “Há uma enorme demanda para atenção em saúde mental, principalmente entre transtornos de humor e ansiedade. Quadros crônicos e severos são acolhidos nos CAPS do município, enquanto os casos ‘menos graves’, sem risco de suicídio, aguardam anos por psicoterapia. Com certeza a demanda do município é muito maior do que podemos dar conta no estudo, porém a sua realização pode abrir novos caminhos para o sistema de saúde, após comprovação científica”, comenta. 

 

Para participar, os interessados devem atender alguns pré-requisitos e preencher um questionário de inscrição, que será avaliado em um processo seletivo. Os selecionados serão atendidos de forma presencial ou online. 

PRÉ-REQUISITOS: 

Ter 18 anos ou mais;
Não estar em tratamento psicológico ou farmacológico em outro espaço;
Residir na zona urbana de Pelotas;
Não apresentar risco de suícidio (moderado ou grave);
Ter acesso à internet e dispositivos compatíveis com o Google Meet;
Não utilizar de forma abusiva substâncias psicoativas; 
Não ser diagnosticado com transtorno de bipolaridade, esquizofrenia, déficit intelectual ou outros transtornos mentais graves; 
Não estar em processo de gestação 

 

Redação Pedro Vargas