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No Campus Saúde da Universidade Católica de Pelotas (UCPel), o Ambulatório Multiprofissional da Saúde do Idoso realiza, toda quinta-feira pela manhã, atendimentos especializados voltados à terceira idade. Em grupo formado por profissionais e acadêmicos das áreas da Enfermagem, Fisioterapia, Medicina, Farmácia e Psicologia, a iniciativa proporciona um cuidado amplo, visando o bem-estar físico e mental dos idosos.

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Os pacientes atendidos são encaminhados pelas Unidades Básicas de Saúde (UBS’s) da UCPel, Secretaria Municipal de Saúde e também pelo Centro de Extensão em Atenção à Terceira Idade (Cetres). “O idoso tem um perfil diferente da população adulta. Muitas vezes possui múltiplas comorbidades e vários riscos que precisam ser abordados e tratados para prevenir e proporcionar um melhor envelhecimento”, comenta a professora Isabel Lorenzet, que coordena as ações no ambulatório.

Por ser um atendimento especializado, professores, residentes e alunos dos cursos de graduação da UCPel conseguem identificar as fragilidades enfrentadas pelos idosos, dar orientações e encaminhá-los a outras áreas caso necessário. A intenção é proporcionar uma consulta completa, que promova a saúde no sentido amplo. Idosos que demonstram o sentimento de solidão, por exemplo, podem ser encaminhados para participação nos grupos de convivência do Cetres. 

“Tem coisas que a medicina não vê, mas que a enfermagem vê. A mesma coisa para as outras profissões. Então, a gente consegue tratá-los de forma integral. Primeiro a gente trata a queixa principal, e aí depois vai tratando as demais”, conta a enfermeira Eduarda Morrudo.

As avaliações em grupo são de serventia tanto para o paciente quanto para os acadêmicos, que por sua vez acabam absorvendo informações e perspectivas diversas, agregando na sua formação. “Nosso grupo avalia memória, risco de quedas, medicações em uso e faz uma avaliação global do paciente, buscando encontrar a melhor solução”, complementa a coordenadora do ambulatório.

Os cuidados e a atenção recebida são bem avaliados por quem frequenta o local. A paciente Maria da Graça Tavares revelou estar muito satisfeita com o ambulatório, principalmente, dada a dificuldade e a demora em ser atendida em outros espaços. “A gente se sente acolhida, e isso é muito importante. Já fiz vários exames. Estava com depressão e já estou tratando também com a psicóloga. Me sinto outra pessoa”, disse.

Redação: Rafael Mirapalheta